quarta-feira, 10 de maio de 2017

Evento LGBT DE TEREIRO no Ministério Público discute preconceitos




Em tempos de acirramento global de preconceitos raciais, culturais e de gênero, os movimentos ligados a essas questões se veem em um momento crucial de luta pela preservação de direitos adquiridos. É com o intuito de reunir essas pessoas e ouvir suas demandas que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebe nesta quarta-feira (10) o Encontro LGBT de Terreiros: Ancestralidade de Matriz Africana. O evento, a ser realizado no Centro Cultural Rossini Alves Couto, às 9h, receberá representantes da sociedade civil e será dividido em quatro painéis temáticos: trabalho, desenvolvimento, capacidade técnica e emprego.

Integrante do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) de Cidadania do MPPE, que está à frente da organização do evento, o promotor Marco Aurélio Farias conta que a ideia do encontro é debater as principais dificuldades enfrentadas por esses grupos sociais, de modo que permita ao órgão tomar atitudes no sentido de minorá-las. “Esses segmentos querem apresentar ao MP as principais violações que eles sofrem. Então, nós procuramos conversar com eles no sentido de chamar algumas autoridades para que eles comecem a apresentar a visão deles. 

Vamos ter vários palestrantes falando sobre esses segmentos sociais, porque a realidade transversaliza a questão LGBT com as religiões de matriz africana, dois segmentos que têm sido vítimas de várias violações”, declarou.

Convidada para palestrar no evento, a empresária e produtora cultural Maria do Céu, chefe da representação do Ministério da Cultura no Nordeste, comentou sobre a importância dos temas que serão debatidos. Ela diz que um dos objetivos é traçar ações para fortalecer as culturas religiosas de matriz africana que, assim como a população LGBT, também sofrem intensa discriminação no país. “Eu tenho visitado muitas comunidades quilombolas. Desde a primeira em que eu entrei, eu sinto falta, aqui em Pernambuco, de sua matriz religiosa. A religião também é cultura, faz parte de sua constituição, e não existe aqui dentro”, afirmou. “A violência não é só na rua, também é dentro de casa. Esse lado violento está sendo aplaudido, e isso, para mim, é perigoso, não faz parte de uma sociedade saudável. Eu tenho muita vontade de falar da família, sobre o que é amor, acolhimento, respeito”, concluiu. 

Diversidade

Na parte da tarde, o auditório da UniFG, em Jaboatão dos Guararapes, também recebe um evento com temática semelhante. É o 1º Encontro sobre Diversidade Sexual LGBTTT, onde serão debatidas políticas públicas de enfrentamento à violência, a partir das 14h. Entre os convidados, estão a advogada transexual Robeyoncé Lima, Maria Clara Sena, primeira transexual do mundo com cargo em um mecanismo de prevenção e combate à tortura, e o ativista Rafael Henrique Cavalcanti.



















http://folhape.com.br/noticias/noticias/cotidiano/2017/05/10/NWS,26965,70,449,NOTICIAS,2190-EVENTO-LGBT-MINISTERIO-PUBLICO-DISCUTE-PRECONCEITOS.aspx

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